domingo, 31 de julho de 2011

Coisas q acontecem numa boa na Alemanha_Transito

 - Pelo menos em Bonn, o pedestre realmente tem a preferencia. Em ruas mais tranquilas e sem semáforo, o motorista pára até mesmo como uma simples mencao de que voce vai atravessar. No início, paguei micos, tipo passar correndo, desesperada em avenidas, quando o sinal ficava vermelho para os carros, ou ficar esperando com receio de ser atropelada, quando o motorista parava, de repente, para eu atravessar - era a forca do hábito do transito em Sao Luís que, infleizmente, tem muitos motoristas mal educados e que parecem nao conhecer o Código de Transito Brasileiro.

Mas é bom frisar q o pedestre na Alemanha deve ser atento e ágil, pois os motoristas ficam irritadíssimos se ele pára  e voce nao passa logo. Devo ter irritado muitos motoras na época da minha chegada na Alemanha, rsrs  

- Estudantes universitários tem um cartao de transporte que dá direito à locomocao, 'gratuita'*, em onibus, Strassebahn (espécie de metro de superfície e subterraneo) e também em trem por todo o Estado de Renânia do Norte-Vestfália, onde Bonn está localizada. 


A partir das 19h, de segunda a sexta-feira, o estudante pode levar um acompanhante e, nos finais-de-semana e feriados, ele também está autorizadao a levar um acompanhante, a qualquer hora do dia ou da noite, para andar de onibus, Strassebahn ou trem por toda a regiao de Bonn ou fazer viagens em cidades próximas sem pagar pelo tíquete,  basta apresentar o cartao.

* Coloquei 'gratuita', assim entre aspas, porque, na real, nao sai de graca. O uiversitária paga uma taxa semestral de 230 Euros pelo cartao e isso dá direito de transporte livre a ele e, se quiser, a um acompanhante. Tudo bem, nao é benefício gratuito, mas se considerarmos a quantidade de idas e vindas que o estudante pode fazer dentro da cidade (dia e noite, durante as semanas, meses e ano), além da liberdade de sair em viagem dentro do Estado, sem ter que pagar toda vez por isso, podemos calcular que o estudante sai ganhando uma grande vantagem com um único cartao.


- Essa aqui é curiosa. Falei acima do cartao universitário, mas para quem nao o tem, há  a opcao de comprar o tíquete, que pode ser unitário ou em diferentes modelos de cartela. Todos os meios de transporte - onibus, Strassebahn e trem - sao fiscalizados. Como funciona? Eles entram no veículo com uma máquina e pedem o tíquete para checar. Entretanto (primeira parte da situacao), voce pode ficar dias, semanas e ate o mes interiro sem ver a cara de um deles. Mas se eles nao aparecem, nao sao onipresentes, como ter, de fato, o controle do uso so transporte? Por que, entao, ter fiscais e nao outro tipo de checagem?  Eram meus questionametos iniciais.


Sem fiscalizacao em todos os veículos, corre-se o risco de alguém burlar a regra e nao comprar o tíquete - por sinal, caro -, usar o transporte sem pagar, dar o "bico", como dizem em Sao Luís. Se há quem faca isso, quem sao e por que fazem? Nao posso afirmar que todos, mas a maioria dos alemaes que conheco compram o seu tíquete, independente se irao ou nao encontrar fiscais pelo caminho. É uma questao de consciencia. E também de um receio que se justifica. Afinal, os controladores nao aparecem a toda viagem (a segunda parte da situacao), mas se eles aparecem, se prepare: eles surgem de surpresa, em bando, algumas vezes, cinco - seis  pessoas ao mesmo tempo, vestidas de preto, máquinas de controle carregadas no bolso da calca, parecem até armas - e sao. Armas de tensao e intimidacao para quem nao tem seu tíquete ou cartao. Para esses que se arriscaram, o preco da ousadia é uma multa de 40 Euros e muito vexame na mao dos controladores.



segunda-feira, 18 de julho de 2011

In London

Hotline. A linha quente que encontramos pelas ruas daqui. Não, não estou em Londres. Apenas registrei a cabine vermelha, réplica de abrigo dos orelhões londrinos, que marca a distância exata deste ponto, em Bonn, e Oxford, em Londres. São 648km separando um local do outro.

A cabine fica no centro de Bonn, em uma área  que abrange o corredor universitário, com o prédio central da Universidade a poucos metros à frente e o da biblioteca ULB a alguns passos ao lado da "vermelhinha".


A cabine está funcionando como estante aberta

 Como disse, a linha quente pode ser encontrada pelas ruas bonenses.

Logotipo da Deutsche Telekom

 Não é vermelho, mas uma variante da cor, um rosa-choque que enche de personalidade a identidade visual da Deutsche Telekom, empresa de Telecomunicacões da Alemanha, sediada em Bonn, e que tem seus orelhões pink espalhados por todo o país.


Sem machismo na hora de eleger a cor da telefonia alemã

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O bicho em cada um de nós

Se pudesse escolher, qual animal você seria? A resposta a essa pergunta é o título do livro "Ich wäre gern ein Huhn" (Eu seria uma galinha), de Beatrix Schnippenkoetter.

Com uma idéia simples e uma sistematização interessante, o livro dá voz a crianças do mundo para falar um pouco sobre o seu cotidiano e sobre os seus sonhos. Estão no livro personagens de 88 países, entre eles o Brasil. Na página esquerda que precede cada história pessoal, a autora faz uma apresentaçao resumida do contexto histórico e socio-cultural do respectivo país.

O legal é que, pelas respostas das crianças, dá para conhecer o tipo de preocupação e olhar que cada uma delas tem sobre a vida  e, com isso, entender um pouco o comportamento social dos países nos cinco continentes pesquisados. 

Do Brasil, a apresentação fala um pouco da religiosidade, da paixão pelo futebol, de recordes na natureza, como ter a maior área de pântanos e a maior região costeira do mundo, e, ainda, do Carnaval do Rio de Janeiro. A menina Jéssica, de 10 anos, é a personagem brasileira. Ela mora em Cabo de Santo Agostinho e seu grande sonho é ter o próprio computador. Também gostaria de acabar com a violência no mundo e, se tivesse dinheiro suficiente, a primeira coisa a comprar seria uma casa.
 
Entre outros pontos do questionário padronizado, Jéssica responde que tem medo de bandidos, gosta de comer pamonha e que um dos momentos mais felizes da sua vida foi quando estava “orando na igreja e seu coração se encheu de alegria”.

Ah, que animal ela gostaria de ser? Uma gata porque é um animal amoroso e meigo.

E quem respondeu que seria uma galinha foi uma Awa, uma menina de 9 anos de Sanankoroba, em Mali, um dos países mais pobres do mundo, localizado na África. A maliana escolheu essa ave porque, segundo ela, tem uma das carnes mais saborosas.  

No final tem dois questionários, uma para o/a leitor/a criança e outro para o/a leitor/a adulto.    

O LIVRO
Ich wäre gern ein Hühn: Was Kinder aus aller Welt erleben und sich erträumen
Autora: Beatrix Schnippenkoetter.
Editora: Campus Verlag GmbH
Ano: 2006
Distribuição: bpb Bonn 

Em tempo: Estava paquerando essa obra e planejava comprá-la. Pois não é que eu recebi uma edição, de graça, no dia em que saí de casa para comprá-la ;p

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Solta o som

O Rheinkultural 2011 é mais que um festival de música. É um momento em que os bonenses podem extravasar o espírito de alegria, confraternizar-se (com alemães e estrangeiros) e é, claro, um bom pretexto para brindar o verão. Cerca de 160 mil pessoas compareceram à 29. Edição do Rheinkultur, segundo os organizadores do evento.

Um mar de gente invadindo o gramado do Rheinauenpark (fonte da imagem:rheinkultur.com)
Todos ávidos pelo rock, pop e eletronic music que constavam do cardápio musical.

:O Fiquei um pouco assustada com o engarrafamento no corredor de entrada


 :D Mas depois a vista limpou 

Com a panorâmica do Palco Vermelho
montado em frente a um dos círculos de flores do parque. Privilégio!!
Visão compensadora também para o Palco Azul
E ouvidos atentos para a divertida crítica político-social que rolava no Palco Verde


Tinha até barraca brazuca

Vejo nossa bandeira e o coração faz chica chica boom















;) Encontro feliz: adorei conhecer “Dick Brave & The Backbeats

Eles tocam covers de rock e pop
mas não é uma simples imitação
é O Cover. O SHOW!!
Ano que vem tem mais Rheinkultur. A 30. edicao do festival será dia 7 de julho de 2012 no Rheinauenpark, em Bonn. 

Fotos: Januária Oliveira

sábado, 2 de julho de 2011

O que tem para hoje

Primeiro sábado de julho e Bonn está agitada. Trabalho social, talvez início de uma vida esportiva e um paraíso verde com palcos de pop&rock gratuitos. É o que a cidade tem a oferecer para hoje!

Venda de objetos em Bonn
para dar apoio financeiro a projetos no RJ

Logo no centro vemos a bandeira brasileira tremulando em frente à biblioteta central. Não, não é apoio à seleção brasileira nesta Copa do Mundo de Futebol Feminino, que ocorre na Alemanha. É o pequeno bazar promovido pela Förderverein Partnerschaft Bonn-Petrópolis-Potsdam, organização que ajuda financeiramente projetos desenvolvidos nesse município do Rio de Janeiro.

A Organização apóia há 10 anos projetos em Petrópolis, entre eles, escolas para crianças carentes


A alguns minutos dali chega-se ao gramado do Hofengarten, em frente ao prédio da Universidade Bonn. Pois é logo na saída de um dos portoes da Universidade e na beirada do gramado do parque que encontramos, hoje, uma grande exposição de bicicletas usadas (mas bem conservadas), que estão à venda por precos reduzidos.

Foto da minha "magrela", presente de Krysta, uma mulher simpaticíssima, membro da Igreja Adventista de Bonn, que conheci em 2009.

Descanse, mas não muito_oVo

Já pelos lados da Rheinauenpark o dia é do Rhein Kultur, festival de música que ocorre anualmente em julho e tem entrada liberada. A programação do Festival é vasta e começa a partir das 12h.As bandas de rock e pop se apresentam em três palcos (Azul, Verde e Vermelho), enquanto as performances de rappers e DJs de música Eletrônica ficarão, respectivamente, nos espaços Mixery Raw Deluxe Stage e Tanzberg.
   
Veja as bandas listadas na programação. Gostei do som do Nils koppruch, que toca no Palco Verde.


Rheinkultur 2010 (Fonte: leonbonn.wordpress.com)

E o tempo ainda não está totalmente com a cara do verão, mas as atividades chamam para o movimento do corpo e as pessoas estão no pique - braços e pernas de fora e sorrisos de calor. É o que temos para este começo de meio de ano. Que bom!

Fotos: Januária Oliveira