quinta-feira, 31 de março de 2011

A saída pode estar no banheiro

Máquina para as mulheres
E para os homens
Meu professor comentou outro dia que a vida dos estudantes na Alemanha nao é das piores, 
pois no meio do ano, quando o verao comeca, eles tem quase tres meses de recesso de aulas. Sem contar os outros intervalos programados durante o ano letivo.

Eu diria que, além do prazer de uma pausa esticada durante essa linda estacao, que é o verao europeu, os estudantes universitários
podem gozar também de outros prazeres.

Nao é que no banheiro do restaurante da Universidade (Mensa) tem uma máquina que vende umas coisinhas para mocas e rapazes ficarem prevenidos nos momentos de intimidade?

No banheiro das mulheres a máquina dispoe de absorvente interno, camisinha e um dedal com bolinhas estimulantes (para brincar de enfiar adivinha onde??). Vai da criatividade. Mas  a funcao é mesmo masturbatória. Será que alguém já comprou e fez o teste ali mesmo, no banheiro?? kkkk.                                                   

Camisinha, mini masturbador e absorvente
O Lustfinger

O conjunto de tres camisinhas, coloridas e com cheiro de fruta, custa 2 Euros; por 1 Euro tem-se quatro absorventes da marca O.B.; e por 2 Euros a moca pode levar e vibrar à vontade com o Lustfinger.   
  
Já no banheiro masculino sao oferecidos cinco modelos diferentes de camisinhas, cada um custa 2 Euros e dá direito a tres preservativos.

A máquina masculina


E suas ofertas para o sexo protegido

A palavra é prevencao!

Em tempo: Há pouco tempo soube de um brinquedo, feito para homens, que é chamado de Egg. Entre tantos outros, tem o Lustfinger, para mulheres. Com tantos objetos para se divertir, penso que os adultos nunca deixam de ser crianca. Adoram uma brincadeira.  

quarta-feira, 30 de março de 2011

I wish you were here na pedra

Essa eu ouvi, hoje, no rádio a caminho de casa. Alpha Bondy, cantando I wish you were here, do grupo Pink Floyd, em ritmo de reggae.

Pensamento voou até Sao Luís, que tem o título de "Jamaica Brasileira", "capital do reggae", "a Ilha do amor".

Saudade da minha cidade e da minha gente. Mas nao estou lamentando, pois também gosto muito do lugar para onde Deus me trouxe.

Aí vai Alpha Blondy. Como diriam os ludovicenses, "é muita pedra!"





Ah, a mesma rádio alema também tocou a música Madalena, de Ivan Lins, como um de seus BGs (Back Ground). Madalena teve diversas interpretacoes e já foi cantada, em portugues, até por Ella Fitzgerald, um dos grandes nomes do jazz.

terça-feira, 29 de março de 2011

Uma fonte de informacoes que é um BL (ou quase ;p)

Alguns dos livros que consegui pegar
Falando ainda daquilo que Bonn oferece como estímulo à leitura e reforco à educacao dos seus cidadaos, registro um lugar convidadtivo que conheci há poucas semanas. O nome é Bundeszentrale für politische Bildung e lá podemos pegar, de graca, uma grande variedade de impressos e de material audiovisual sobre assuntos que envolvem a vida de povos do mundo inteiro.

A bpb (sigla em minúsculo mesmo)  é uma agencia central de formacao política, do governo federal da Alemanha. Em um espaco tranquilo e agradável sao oferecidos livros, revistas, jornais, Cds e conteúdos online sobre temas atuais e históricos. Os visitantes podem mergulhar em questoes relacionadas à Europa, América Latina, África, Ásia, Oriente Médio, Mídia, Guerras, Economia, comportamento social em diferentes nacoes e mais uma série de assuntos que giram em torno do interesse público. 

Mídia pedagógica

Pensei em como muitos estudantes da UFMA iriam fazer a festa, em termos de leitura e de pesquisa. Iriam acrescentar muitas coisas ao repertório academico deles. E isso de uma forma verdadeiramente acessível. Tem livros da bpb que, se chegassem (traduzidos, claro, pq estao todos em alemao) aos sebos ou bancas universitárias de Sao Luís, seriam vendidos pelos olhos da cara. Sim, porque muitos sebos em Sao Luís sao só fachada, o preco é quase - ou o mesmo - dos de livraria de shopping. 
Outro detalhe é que todos os materiais da Agencia sao novíssimos, nao tem nada de segunda mao. 


Conversando sobre Mídia
Jornalismo Local
Nem todas as publicacoes da bpb sao gratuitas, mas as pagas custam bem barato. Comprei um livro de jornalismo por 2 Euros. Vi também um livro de 4 Euros que conta a história de uma garota, personagem em desenho, que viaja por diversos países, entre eles o Brasil, e lá conhece uma brasileirinha que mora no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. O livro é uma mistura de animacao e texto.

Revistas também sao de graca. Nesta, o trabalho dos meios de comunicacao de massa

Quando conheci a Agencia Central de Formacao Política, peguei logo um monte de livros e um CD. Saí de lá carregada. O único livro que paguei foi o de jornalismo. Deu vontade de trazer mais materiais, mas vou tentar ler primeiro os que peguei. Será que consigo?? Vamos ver! Mas valeu a pena conhecer esse BL*  da informacao :D

BL* (Boca Livre - jornalistas sabem bem o que é isso, heheh)


Mídia, Revolucao Cultural na China, jovens na política,
Hitler, Marx, Alemanha como segunda pátria e outros




Bundeszentrale für politische Bildung - Em sua página na internet, a bpb se apresenta como um local de formacao, que busca com seus produtos, levar conhecimento sobre as transformacoes em diferentes setores de países, sobretudo da Europa, e promover a participacao política  e social dos cidadaos. 
Se levarmos em conta a extensao e variedade de conteúdos oferecidos de forma acessível por essa Agencia, acredito que muitos poderao realmente se sentir motivados a buscar mais conhecimento.

sábado, 26 de março de 2011

Estante na rua com livros de graça

Usuário consultando o acervo.
                A estante é dupla face.                     
Observe que lá atrás também tem visitante (Imagem de internet)
Escrevi, ligeiramente, em post anterior sobre uma iniciativa que oferece livros de graca para as pessoas, em Bonn. Esses livros ficam dispostos em uma estante pequena, ao ar livre, e todos podem usá-la. É chamada estante aberta.

O princípio que norteia a existencia dessa mini biblioteca é bem democrático: livros emprestados, sem data limite para devolucao e sem cobranca de taxa, apenas leitura com fim de informar ou entreter e, se possível, a contribuicao do público para a manutencao e ampliacao do acervo.

Nas prateleiras há livros para todos os gostos. Do genero ficcional ao de instrucao técnica. Tem romance, publicacoes da área da saúde, auto-ajuda, coisas sobre sistema de Informática. Um pouquinho de muitas searas.


Existem estantes abertas em outras cidades da Alemanha. Em Bonn, presenciei a experiencia em Poppelsdorfer Allee, no centro da cidade, e,  inclusive, já tomei emprestado um livro. Posso dizer que, lá, o projeto é bem sucedido. A estante recebe muitos visitantes, tem sempre um leitor procurando publicacoes, a qualquer hora do dia ou da noite.

A estante da praca de Poppelsdorfer foi inaugurada em 2003 e tem o apoio da Fundacao dos Cidadaos de Bonn. E as pessoas tem zelado pelo patrimonio. Nao há vestígios de vandalismo. A madeira da estrutura nao está riscada e as portinhas de vidro estao funcionando bem, sem rachaduras ou quebradicos.

Além dos livros disponíveis em Poppelsdorfer, há ainda, em Bonn, estantes gratuitas em Bad Godesberg (no City-Terrassen), Beuel Rheinufer, Bonner Bogen, Altstadt, Duisdorf e uma perto da universidade, na cabide telefonica londrina. Essas estantes sao uma boa, né? ;)

sexta-feira, 25 de março de 2011

A diferenca entre alemaes e italianos (ou seriam brasileiros?)

Rapha, minha amiga brasileira que mora na Itália, escreveu um comentário (Coisas que acontecem numa boa na Alemanha, 16.3.2011), em que disse ser possível encontrar semelhancas entre alguns fatos sociais que ocorrem na Alemanha e na Itália.

Aqui vai um vídeo bacana que trata, exatamente, de algumas dessemelhanças - ou melhor, particularidades - entre italianos e alemaes.


 A animacao mostra, com bom humor, como os dois países se comportam frente aos seguintes temas (traducao livre):
- Música
- Férias
- Encontro às 12h
- Garotas
- Nova estrada
- Mae e os filhos
- Moda
- Instituicoes
- Lixo
- Arte Moderna
- Depois da fronteira

Os créditos sao do Studio Bozzeto & Co, para o Instituto Goethe da Itália. Qualquer semelhanca com o Brasil, da parte italiana, seria mera coincidencia?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Confissao - lembrancinhas e mapa

O Brasil é uma lembranca constante e, de vez em quando, essa lembranca se materializa bem na minha frente. Há poucos dias essa materializacao ocorreu duas vezes:

SITUACAO I

Depois de um tempao à procura de um endereco complicado, surge um alemao gentil e sorridente. Ele tira do seu bolso um celular moderninho e tentar encontar a rua por meio do Google Maps na internet do telefone. Ele passa minutos com o celular na palma da mao estendida, mostrando o mapa e explicando os possíveis caminhos a seguir. 

A lembranca do Brasil:  Quando, em Sao Luís (e em outras capitais), poderia-se imaginar que alguém tiraria, de noite, no meio de uma rua deserta e meio escura, o seu celular com internet para desconhecidos? Mostrar as direcoes falando, sim, mas mostar aparelho eletronico... sei, nao! 

SITUACAO II

Consultório médico, cada um na sua esperando ser chamado. De repente, comeca a tocar o instrumental  de “Ritmo da Chuva”. Ou era toque de celular ou campainha, nao deu para identificar. Mas na hora, veio aquele estalo gostoso, como no dia do “Chorando se foi”. 

A lembranca do Brasil: esse toque me fez recordar de umas serestas que, à vezes, dava para ouvir lá de casa. E lembrar também de quando, aos domingos, alguém ligava o som do porta-mala de um carro e colocava um CD das antigas, só de músicas romanticas. Essa cancao estava sempre lá. 

A versao original de Ritmo da Chuva é da década de 60, com The Cascades (Rhythm of the rain), mas ela foi gravada por muitos artistas brasileiros, como Los Hermanos, Fernanda Takai, Peninha, José Augusto, Victor e Léo. Mas acho que, no Brasil, ela se tornou mais conhecida com a versao do cantor Demétrius, na época da Jovem Guarda.  

Notas sobre a busca pelo endereco 

Quando morava no Rio, sempre que eu procurava um endereco desconhecido, bastava perguntar em uma banca de revista e logo o jornaleiro me indicava a rua, dava as referencias e, quando sabia, dizia até o nome de quem eu encontraria lá. Em Sao Luís, o jornaleiro e a molecada na rua também sabiam informar legal.

Já na Alemanha, as informacaoes quase sempre nao sao (tao) precisas. As pessoas nao querem saber o que seu vizinho faz, nem onde fica aquele prédio amarelo em que trabalha fulano e tal. Apesar de nao ter a curiosidade por certos assuntos – diferente dos brasileiros que sao curiosos e, em alguns casos, bem informados até demais com o que nao é da sua conta – , os alemaes até que sao solícitos para dar informacoes.

Mas é verdade que muitos deles sao desinformados sobre o próprio lugar onde moram. Talvez isso explique, em parte, (teoria minha de brincadeira) o grande apego dos alemaes os mapas. Usa-se mapa para ir a tudo que é lugar. É um hábito nacional. Mas essa sistematizacao pode ser mais prática do que sair somente com a cara e a coragem, na procura de um endereco desconhecido. Deveria ter ido com um mapa, confesso. ;D

sábado, 19 de março de 2011

Vivendo e aprendendo (com os orientais)

            Durante a aula...
Os asiáticos são conhecidos, de certa forma, pela sua ligação com o universo da aparelhagem hight-tech.
Eles têm sempre alguma coisinha portátil, moderna, algum gadget para nos apresentar como novidade. Pois fui apresentada a um deles, logo no meu primeiro dia de aula, no curso de alemão.

(Um parêntese: na Alemanha tem tantos asiáticos - entre, universitários, intercambistas, estagiários, aspirantes a uma vaga em universidades alemãs, empregados de companhias, moradores, etc -, que é até estranho não topar com algum olhinho puxado, em cada lugar que se vá para estudar, passear ou fazer compras.) 

Mas voltando ao primeiro dia de aula. Assim que cheguei na porta da sala, dei de cara com uma turma de predominância asiática. Nenhuma surpresa, 4 chineses e 3 coreanas, mais uma húngara, uma mexicana, um líbio, um guineense e eu, brasileira. 
Nenhum notebook ou calculadora (imagem internet)
No entanto, dali a uns minutos, depois de sentada, algo chamaria a minha atenção. Não foi exatamente as mesas cobertas de pequenos aparelhos eletrônicos, mas um, apenas um aparelhinho me interessou. Seu formato se assemelha a um notebook em miniatura, mas não era computador. Também cheguei a pensar em calculadora, mas não era. Então, o que seria?

Eu achava curioso, eles teclando desesperademente em cima daquele “mini notebook”, na maior concentração da face da Terra, durante a aula. Parecia aquela galera do videogame, que joga tão concentradamente, como se o próprio destino da pessoa estivesse ali naqueles botoes entre os dedeos.

  ... o uso das maquininhas é intenso
 Tomada de curiosidade, perguntei durante a pausa o que era aquilo, para que servia. Um colega “china” me explicou que, aquilo nada mais era do um dicionário. Hein? Isso mesmo. Dicionário e, alguns modelos, são multilinlingüe (até 65 idiomas), guardam arquivos multimídia, 

possuem gravador de voz,
                      concentração total
       (Fotos: Januária Oliveira)

 jogador MP3, visor para foto, função USB, calculadora, além de outras funcionalidades.

Embora esse  dicionário digital não seja mais nenhuma novidade, pois foi lançado há poucos anos, para mim ele era inédito. Eu nunca tinha visto esse tipo de tradutor. Em Sao Luís não tem. No Rio, o pessoal antenado que conheci também não tinha, rsrsr. 

O garoto da Líbia e o da Guiné também usam esse gadget para auxílio durante as aulas. Ah, além dos tradutores eletrônicos, uma das corenas usa um Ipad na sala e a amiga dela faz consultas no seu MacBook (laptop bem fininho da Apple).

Enquanto a galera hight-tech segue teclando, eu fico com meu dicionário de papel, com capa amarelo-gema, da Langenscheidt. Tá surradinho, mas adoro folheá-lo.

Nota sobre os asiáticos que conheci na Alemanha: são educados, discretos, gentilíssimos e prestativos. Quando querem aprender uma coisa se dedicam ao extremo, são super disciplinados. Um pouco desconfiados, mas sempre oferecem um sorriso, ainda que seja para dizer um “não”.  Em geral, têm curiosidade sobre o Brasil e se enturmam fácil com os brasileiros. Eles são bacanas.

O meio-termo resolve

As torneiras da Alemanha tem opção de jato quante e jato frio. O problema é que o lado quente se aquece muito rápido e, se não tivermos cuidado, a pele pode até ser queimada. Como a água fria o processo de esfriamento é também rápido e extremo. 

Então, para resolver esse probleminha doméstico, eu sempre ligo gelado e quente ao mesmo tempo. O truque deve ser antigo, mas tem aliviado - e muito - a minha pele.

Lavar louça, tomar banho, ficou tudo mais prazeroso, heheh.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O start de uma lembrança

Em uma noite tranquila, estava eu ouvindo uma radioweb alema, que tocava só musica techno. De repente, começa a tocar Kaoma, ou melhor a versao portuguesa de Chorando se foi, o grande hit do grupo em 1989. Era versao remix, mas ainda assim levei um sustinho, rsrs

Depois fiquei sabendo que Chorando se foi, ou Lambada, como ficou conhecida no exterior, também fez sucesso na Alemanha, no final dos anos 80 e início dos 90. 

                Chorando se foi é uma versao da música Llorando Se Fue, do grupo boliviano Los Kjarkas (neste vídeo, a versao portuguesa que agitou brasileiros e europeus, na década de 80)                                                  

Tres reacoes instantaneas para o momento com a radioweb: estranhanheza. Estava techno, techno, techno, versoes de pops conhecidos de artistas como Rihanna e Justin Timberlake, quando eis que de repente, o sonzinho da sanfona introduzindo "chorando se foi, quem um dia só me fez chorar"...Ai, essa tal pós-modernidade, rsrs. A  minha segunda reacao foi de alegria, pois em meio ao pancadao do DJ, veio aquele ritmo suingado (remixado, mas  com todo o molejo) da lambada, que soa tao familiar aos meus ouvidos. E a terceira reacao, nostalgia. Tive uma breve lembranca dos meus tempos de crianca, quando eu brincava em frente à minha casa e essa música sempre tocava na radiola de algum vizinho. Final da década de 80 e essa lambada sacudia o esqueleto do pessoal, em Sao Luís. Nossa, que recordacao!

Aliás, memória afetiva é algo interessante. Faz a gente embarcar mesmo dentro de um pensamento, um tempo que já passou. Aquele lugar, aquele perfume, aquele objeto, aquela música. Tem sempre "aquela" coisa que nos faz lembrar um momento ou alguém especial.

Nao tem jeito, toda vez que escuto, por exemplo, a música 1234, da cantora canadense Feist, ou assisto ao filme A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, com o talentosíssimo Johnny Depp, sempre me lembro do primeiro dia, da minha primeira viagem à Alemanha.

E voce, caro visitante, já voltou no tempo por conta de uma música ou outra coisa?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Blog dá dinheiro, é verdade

Eu contando para uma jornalista que nao sabia ganhar dinheiro na blogosfera, e a Maria Bethania lanca um projeto de blog, pedindo para o Ministéro da Cultura do Brasil R$ 1,8 milhao (isso mesmo: 1 milhao e oitocentos mil Reais para criar uma página na internet).

Depois de analisado e autorizado pelo governo federal, o valor sofreu uma leve reducao e ficou em torno de R$ 1,35 milhao. As empresas que patrocinarem o blog poderão abater do imposto de renda, o valor doado ao projeto.

É dinheiro público!

Em tempo: O Ministério da Cultura é comandado pela irma de Chico Buarque de Hollanda, Ana de Hollanda.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Coisas que acontecem numa boa na Alemanha

Esse post me veio à cebeca durante umas observacoes do dia-a-dia.
Por aqui, é possível ver:

- turista andando na rua, sem medo, com camera fotográfica profissional na mao, uma mochila com notebook (grande chance de ser da Apple) nas costas e um mp4(mp10, sei lá que numeracao) no ouvido

- garota parada no sinal à noite, em rua pouco iluminada, procurando na maior calma uma estacao de rádio no seu Ipod

- uma miniestante com livros gratuitos, no meio de uma praca, aqui no centro de Bonn. As pessoas pegam emprestado e, depois da leitura, devolvem o(s) livros(s). Tem diversos tipos de obra e os leitores - pelo menos os alemaes - devolvem as publicacoes sem problema

- casas de estudante com banheiro para homens e mulheres no mesmo compartimento e todos se respeitam. No Brasil, usa-se banheiro como termo geral, mas aqui tem o Toilete (masculino e feminino, portas separadas, mas no mesmo espaco), para as necessideades fisiológicas, e o Dusche, que é tipo uma sala de banho (vao grande, várias portas, para cada entrada tem um chuveiro e uma banheira). Toilete e Dusche ficam separados, mas neste último nao há distincao de genero na porta, basta escolher onde se quer tomar banho e pronto. Homens e mulheres podem usar o vaso e o chuveiro a qualquer hora, e é tudo no maior respeito ao próximo, rsrs

Existem outras coisas que, à primeira vista, seriam inexequíveis no nosso Brasil. À medida que for lembrando, eu escrevo mais.

terça-feira, 15 de março de 2011

Prima!!!

É, a primavera tá mesmo premente. Apesar da estacao só comecar, oficialmente, no dia 21 de Marco, os dias já estao mais longos, o sol está mais frequente e as flores... ah, as flores!! 

Falando em sol, o dia de hoje foi especialmente bonito com ele. As pessoas foram para as ruas, sorriram, deixaram o casaco de inverno aberto, contemplaram o céu e, imaginem, tomaram sorvete. Tudo bem que fez sol, mas ainda assim estava frio. Tomar sorvete com o vento gelado batendo na cara (eu, hein?!). 

Vou dar um desconto, pois só quem convive com a escuridao de dias gelados, pode mensurar a importancia de um dia de sol, mesmo que ele surja timidamente.

No Brasil nao há deslumbre porque, afinal de contas, o sol é nosso vizinho. Em Sao Luís, entao, é praticamente um membro da família, está todo dia em nosso quintal, rsrs

Posso compreender porque os alemaes ficam vibrantes quando o dia está claro e quente. Tenho uma amiga que se deita em uma cadeira e fica um tempao, talvez horas, olhando para um céu claro, aquecido. De vez em quando fecha os olhos, acho que para sentir o sol pentrando na pele, hehehe

E incrível como a vegatacao muda rápido. Ontem passei por uma rua e as plantinhas estavam ainda ressecadas pelo frio. Quando passei hoje pela mesma rua, as folhas estavam vicosas e as flores já tinham crescido. Caramba, tudo floresceu da noite para o dia!!

A propósito, a palavra do dia é: Blume, que significa flor em alemao. 

  Talvez a palavra Blumenau, nome de uma das cidades de Santa Catarina com forte descendencia alema, venha daí.   
Relacionem BLUMEN (plural)=flores + AU =terminacao de algumas cidades da Alemanha.

Quando os alemaes querem dizer que alguma coisa é legal, bacana, eles falam "Prima", entre outros adjetivos. Entao, já que é assim, podemos dizer que a primavera é Prima! 

domingo, 13 de março de 2011

Aquele outro

Como jornalista, sempre me interessei por assuntos internacionais. Busco informacoes e procuro acompanhar - até mesmo para tentar entender - o que se passa em outros países.  Mas é curioso como as coisas ganham um valor diferente, dependendo do lugar onde se está. 

No Brasil, mesmo tentando estar por dentro dos acontecimentos,  aquilo que a gente ve na televisao e le nos jornais sobre, por exemplo, conflitos no Oriente Médio ou catástrofes naturais na Ásia parece que estao tao distante de nossa vida que, algumas vezes, ficamos alheios, insensíveis diante dos fatos.
   
O teórico de Comunicacao, Mauro Wolf, diz que, quanto mais próximo se está do local de um evento, maior será o interesse para a producao de uma notícia e maior será o interesse do público local em consumi-la. Essa proximidade geográfica é, segundo ele, um dos critérios de noticiabilidade.

É claro que se alguém do Brasil tem familiares que moram, trabalham ou, de alguma forma, estao envolvidos em acontecimentos graves de outros países, o interesse e a empatia por eles sao instantaneos. 

De outro modo, as tragédias do estrangeiro passam da mídia para os olhos e ouvidos de um jeito meio passivo. Vez ou outra, pode até ocorrer um comentário, uma lamentacao, mas, no geral, as coisas sao tratadas como algo bem afastado de nós.

Depois da notícia do terremoto, seguido de tsunami no Japäo, um colega de Sao Luís escreveu no Facebook: “Éguas, no Japao o bicho tá pegando!!!”. 

Näo estou tao próxima geograficamente daquele país, mas meu vizinho (e amigo) é japones e ele nos conta o que a  família dele, que vive em Tóquio, vai lhe repassando de informacoes e impressoes, após a catástrofe. 

Nesse caso, nao há exatamente uma proximidade geográfica. É, para mim, mais proximidade afetiva. 

No entanto, é inegável que a mudanca de endereco transforma um pouco a perspectiva do nosso olhar, de nossos interesses e até a nossa absorcao frente alguns acontecimentos. Com isso, aquele estrangeiro já nao parece mais tao longínquo.  


sábado, 12 de março de 2011

Sopa sortida

Nesta semana, acompanhei o pessoal da Igreja Adventista em um trabalho voluntário, lá na Hauptbahnhof – estação principal de trens e metrôs de Bonn.

A ação é feita às quartas-feiras e consiste na distribuição de sopa para desempregados, sem-teto, drogados e outras pessoas marginalizadas.

Na verdade, vai um pouco mais do que sopa. Nesta quarta pós-Carnaval, eles receberam um saco com banana, maçã, chocolate, muffins, pão preto e a sopa - com legumes e carne.

Embora seja um trabalho da igreja, os membros da Adventista não pregam e não chamam ninguém para se converter. Não tem bate-papo sobre a Bíblia, apenas fazem a doação de alimento. Se alguém se interessar e perguntar aí, sim, eles anotam o endereço da Igreja.

Os voluntários chegam às seis da tarde e, depois de esvaziado o panelão de sopa, eles voltam para casa ou vão fazer um estudo bíblico na casa de algum membro

Fiquei imaginando: se o pessoal da IBA estivesse aqui, a história iria ser outra. Ninguém ia sair sem ouvir, mesmo que fosse só uma tantinho, da palavra de Deus, rsrsrs

De qualquer forma, a sopa quentinha, no inverno rigoroso, é uma bênção.
 
Infelizmente, a Hauptbahnhop está cheia de sem-tetos e drogados. Recordei-me de cenas do filme Christiane F., em que jovens se encontravam em uma estação de Berlin, para vender e consumir drogas. Não faz parte da ficção, essa foi e ainda é uma triste realidade para muitos alemães!

quinta-feira, 10 de março de 2011

   


Mais da Mensa

Olha só que feliz coincidencia, ontem eu respondi ao comentário de Andréia no post "Programa de domingo_Biblioteca", de 6.3.2011, e aproveitei para mencionar rapidamente o restaurante universitário, que na Alemanha é chamado de Mensa.

E nao é que saiu uma matéria (li hoje), na Newsletter do DAAD*, sobre o servico da Mensa. A reportagem traz experiencias de brasileiros. Abaixo o link do texto completo

Mensa: refetórios com sabor e preco de dar água na boca

* DAAD é o Servico Alemao de Intercambio Academico. A sede dele, no Brasil, fica no Rio de Janeiro.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Riso colorido

Fui ver o Rosenmontag, a Segunda-Feira das Rosas, com um cachecol reforcado. Fez muito friioommm!  Várias pessoas foram para Colonia, o point do Carnaval alemao, mas preferi acompanhar daqui mesmo, do centro de Bonn. 

A cidade estava cheio de brincantes e de curiosos. O desfile foi legal, mostrou, mais uma vez, a criatividade nas fantasias e também a cara internacional de Bonn. Entre as apresentacoes carnavalescas, teve batucada de brasileiros, africanos e uma danca coreografada de bolivianos.

Antes do desfile, distribuíram umas sacolas de tecido para o pessoal abrir na hora em que grupos passassem distribuindo os doces. E teve uma chuva de bombons, flores, bichinhos de pelúcia e outras coisinhas, como protetor labial, lápis para maquiar os olhos e cadernos.

Parece que estava escrito na minha testa que sou brasileira, pois uma garota veio e entregou na minha mao um bronzeador com nome “Viva Brazil”. Cinco minutos depois outro bronzeador caiu perto dos meus pés.  Apesar do nome, o produto é Made in Germany.

Ganhei também, de um alemao simpático, um saco enorme com varios pacotinhos de Haribo – ursinhos de borracha dura com sabor azedinho (o formato dos ursinhos coloridos da fábrica Haribo me lembra o Urso do Festival de Cinema de Berlin, rsrsr). 

No mais, ganhei em diversao. Foi quase como assistir à parada da diversidade sexual, em Madureira, ou ao desfile do 7 de Setembro, na Cidade Operária. Ri bastante.

Em tempo: Fizeram uma pequena homenagem a Napoleao Bonaparte. Aliás, os frances também é o personagem principal da exposicao "Napoleon und Europa. Traum und Trauma", que fica cartaz até 25 de abril, no Kunst-und Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland, em Bonn. 



segunda-feira, 7 de março de 2011

Café iogurtado

Nos dias em que ainda não tinha aquele café saboroso, feito na máquina, o jeito era se passar para o iogurte produzido com o sabor artificial do grão.  
330g de iogurte cremoso
Sabor artificial, mas valia (vale) a pena, pois esse iogurte de café é bom demais. Lecker (se diz léka)= gostoso, em alemão.


Café com amor!

O dia começou bem. Sol para levantar a temperatura de -2°C e um presente maravilhoso que já valeu só pela intenção de querer me ver sorrir. Ganhei uma cafeteira linda e acho que não passo mais sem um cafezinho.

É o primeiro objeto de cozinha que posso chamar de meu, aqui em Bonn. A caixa chegou cedinho pelo Correio, presente do amor!
Faz bebidas quente e fria
E, acompanhando a máquina, veio uma caixinha com cápsulas  de diferentes sabores de café. Dá para fazer Cappuccino, Latte Macchiato, Café Espresso e Cafè Crema Grande. Vou experimentar todos :D

domingo, 6 de março de 2011

Biblioteca, um programa de domingo

Domingo de Carnaval, 21h. Bliblioteca da Universidade de Bonn. É véspera de feriado na cidade e, para minha positiva surpresa, a biblioteca nesse dia estava movimentada. As mesas quase todas ocupadas com pessoas concentradas, lendo, usando internet, escrevendo alguma coisa ou fazendo uma pausa para o lanche.

Muita gente para um domingo à noite (quase 22h e véspera de feriado). Ou não?
Acho que estou com a cabeça no Brasil e, portanto, qualquer comparação encontraria uma grande disparidade.

O ambiente dessa Biblioteca é legal, tranquilo, bonito, agradável. Logo na entrada tem-se acesso a uma sala com chão de carpete e vários computadores para os alunos se conectarem à internet. Na sala de leitura, as mesas também são adaptadas para receber notebook. Antes desse espaço para os estudos existe uma saleta de vidro com sofás e puffs, em que os alunos podem conversar e ler as váaarias revistas e jornais que ficam no acervo.

Tentei evitar uma comparação, mas fiquei pensando: que bom seria se a biblioteca da UFMA também estivesse bem aparelhada e pudesse oferecer internet e espaços estimulantes para os estudantes.

Tudo bem que já tem wireless em alguns pontos, mas mesmo assim a vida na rede mundial para os alunos da Federal do Maranhão capenga. O terminal da biblioteca só tem quatro ou cinco computadores, mas a internet mesmo está sempre com problemas e o tempo de acesso é curtíssimo, mal dá para checar o e-mail.

Pelo que vi por aqui, os frequentadores da biblioteca de Bonn levam a cabo aquele aviso de Silêncio!. Durante a minha permanência só ouvi barulho de teclado e algumas tossidas. Dá para mergulhar na leitura e se concentrar de verdade.

Outra coisa bacana é saber que a gente pode chegar às 21, sair perto da 24h e ir a pé até a estação de metro, sem medo de ser assaltado. Aliás, no horário que saí tinha uma fila de bicicletas estacionadas. Eram todas bonitas, de diferentes modelos e, que bom que seus usuários podem estudar tranquilos, enquando elas esperam lá fora.

A  biblioteca da Universidade de Bonn abre de segunda a domingo, exceto feriado. De segunda a sexta-feira o horário é de 8h às 24h e nos finais de semana de 10h às 24h.

Entre os nomes conhecidos que passaram pela Universidade de Bonn, como professor ou aluno, estão:

O olhar ocidental para o véu preto

Mulher islâmica de niqab (internet)
Fui sábado ao supermercado e vi uma cena impressionante: uma mulher de niqab. 

Niqab é um tipo de indumentária que as mulheres muçulmanas usam e que cobre corpo, cabeça, rosto e só deixa os olhos à mostra.

Embora seja comum encontrar, na Alemanha, muçulmanas com o véu na cabeça, a visão de uma niqabi na ruas é bem menos frequente. Por isso, ver uma delas ao vivo e a cores - ou melhor, ao vivo e em preto – com esse tipo de vestimenta é, no mínimo, impactante. Causa uma certa estranheza. 


(Expressão curiosa: ao vivo. Para nós, ocidentais, uma manta preta vagando entre as pessoas traz uma relação com a morte)


Foi a segunda vez que vi, na Alemanha, uma muçulmana totalmente coberta de preto. A primeira foi em 2009, na cidade de Colônia. Eu estava perto da Catedral e a mulher passou empurrando um carrinho de bebê.

Mas lá, ela estava de burka - é quase a mesma vestimenta, mas na burka usa-se uma telinha na frente dos olhos.

Dessa vez, no supermercado, a cena aconteceu assim: eu procurava feijão para comprar. De repente, percebi um vulto escuro e, de reflexo, meus olhos foram atrás. Quando mirei, lá estava ela, toda de preto da cabeça aos pés. De relance não dava para distinguir se estava de frente ou de costas. 

O vestido dela era inteiro e não tinha um corte definido. As costuras laterias do corpo passavam direto para os braços e, depois, envolvia a cabeça como um capuz. O tecido parecia cetim. 

Já o rosto estava encoberto por uma flanela preta e um fio entre os olhos o segurava ao ganguinho preso no pano da cabeça. Uma engenharia inusitada!! 

Pela faixinha de pele e olhos pintados que consegui ver, a mulher deve ter mais de 40  e parece ser simpática. Falava e gesticulava bastante com o rapaz que a acompanhava. Eles não conversavam em alemão. Foi tudo o que deu para registrar daquele bloco humano cor de sombra. 

Os tipos de indumentárias das muçulmanas (internet)
NIQAB PARECE BURKA, MAS NAO É

Apesar de parecidas, as roupas das mulheres islâmicas trazem algumas diferenças. 

- O Senado francês aprovou e, a partir da primavera de 2011, fica proibido o uso do véu integral muçulmano em espaços públicos.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval com K

Na última quinta-feira, dia 3, estive em Beuel para ver o Carnaval de rua que ocorre por lá, todos os anos. 

Fui com o pessoal do curso e, para chegarmos até lá, pegamos a barca que faz a travessia do Rio Reno. Beuel fica pertinho do centro de Bonn. O transporte foi rápido, menos de meia hora, e custou só 1 Euro. 

E quanta animação matutina debaixo de, aproximadamente, 2°C. Apesar do frio, os foliões de Beuel esquentaram legal. Em Colônia, então, deve ter fervido. É que o Carnaval de Colônia é uma celebração tradicional que adquiriu dimensões grandiosas. É, sem dúvida, o maior e mais famoso do país. Em  Düsseldorf e Mainz o embalo carnavalesco é também muito popular e está tradicionalmente no calendário de festas do país.

Mas, diferente do Brasil, o Carnaval na Alemanha não é celebração – ou um orgulho – nacional.  As festividades se concentram nas regiões mais católicas, como o sul do país e o Vale do Rio Reno, e começam oficialmente 11/11, às 11h11. Entretanto, a folia só ganha as ruas a partir da quinta-feira de Carnaval. 

Só para relacionar melhor a força do Carnaval na área citada,  todas essas cidades (Düsseldorf, Mainz, Colônia e Bonn) fazem parte do Estado da Renânia do Norte-Vestfália, que fica na região do Vale do Reno.


COMO ELE É
                                                
O carnaval alemão é um um desfile de rua. Em outra simples definição,  uma espécie de cortejo com pequenos blocos carnavalescos que distribuem bombons e outros mimos para as crianças – e para os adultos.

Quando os blocos passam, a meninada abre suas sacolinhas e grita "Kamelle, Kamelle" para receber as guloseimas. Os grupos são bem organizados e cada apresentação segue seu tempo certo.
As fantasias são criativas e, geralmente, reproduzem os trajes da cultura alemã ou bichos da floresta. É uma alternativo ao frio se vestir de leão ou de urso, entre outros.


DOIS DIAS MARCANTES

O Weiberfastnacht (Quinta-feira das Mulheres), dia em que as elas recebem as chaves da cidades e tem, simbolicamente, o poder. Podem cortar a gravata dos homens, gesto que simboliza  a castração do poder masculino, e dar beijinhos nos policiais.

Na quinta-feira, as pessoas saem fantasiadas nas ruas e muitas vão assim para o trabalho. Ninguém estranha os profissionais, geralmente sisudos, passando com uma roupinha colorida e uns acessórios engraçados.

O Rosemontag (Segunda-feira das Rosas). Há um grande desfile neste dia com carros alegóricos e grupos carnavalescos que jogam muitíssimas balas, bombons, biscoitos, flores e pequenos presentes para quem está assistindo ao desfile. É hora de clamar de novo pelas Kamelles.

Em Beuel, quinta-feira, eu peguei muitos bombons de fruta, de chocolate, barra de cereal e pacotes de lencos de papel. Uma jovem indiana, que estava ao meu lado, pegou uma bolsa de pano cheia de bonequinhas, também feitas de pano (uma gracinha!). Outra garota conseguiu pegar um bichicho de pelúcia.

Os alemães se esbaldam nos dias de Carnaval. Riem à vontade, falam alto, bebem ainda mais e soltam a franga. Terminado o Carnaval, eles retomam o jeitinho discreto e o ar de seriedade, a cara fechada e o olhar esquivo. Aliás, o Carnaval termina terça-feira à meia-noite, com a queima de um boneco de palha.


O NOME DA FESTA

Dependendo da cidade onde você estiver, o nome da come(bebe)moração pode ser "Karneval", "Fastnacht", "Fasnet", "Fosnat" ou "Fasching".

Alaaf é o grito de boas vindas do Carnaval em Colônia e Bonn. Em outras cidades, a expressão pode variar. Em Düsseldorf, por exemplo, fala-se Helau, em vez de Alaaf. Mas, em todo caso, o que eles estão querendo dizer é Olá!! Viva!! Uma saudação para a festa e os convidados.

Então é isso aí, Viva a alegria e brinquem de maneira de segura, esteja você festejando na Alemanha ou em outra parte do mundo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Abrindo a janela de casa

Meninas esperando na janela, lá no Bar Antigamente, em São Luís (Imagem de internet)

Oi, pessoal! É minha estreia em blogs e estou empolgada com a possibilidade de compartilhar registros e impressöes sobre algumas experiências que estou vivenciando.

A ideia de fazer o blog nao é nova. Surgiu, na verdade, em 2009, quando vim para a Alemanha fazer um estágio em jornalismo. Naquele época não deu para concretizá-la, mas agora juntei força e coragem e acho que vai dar para conciliar com outras atividades.

Este primeiro post é somente para abrir as janelas da casa e dar um olá para quem passar por aqui. É aquele cumprimento espontâneo com um tchauzinho e um sorriso gostoso que damos aos nossos amigos e vizinhos que passam em frente à nossa casa. Tipo cidade pequena, como aquela em que eu nasci: São Luís, capital do Maranhão.

Atualmente estou em Bonn, uma cidade alemã que também é pequena, mas que tem uma realidade totalmente diferente de São Luís e de outras cidades brasileiras, consideradas metrópole.
Mas vou deixar para falar de Bonn mais adiante. Sejam todos bem-vindos ao blog e participem! ;D