sábado, 19 de março de 2011

Vivendo e aprendendo (com os orientais)

            Durante a aula...
Os asiáticos são conhecidos, de certa forma, pela sua ligação com o universo da aparelhagem hight-tech.
Eles têm sempre alguma coisinha portátil, moderna, algum gadget para nos apresentar como novidade. Pois fui apresentada a um deles, logo no meu primeiro dia de aula, no curso de alemão.

(Um parêntese: na Alemanha tem tantos asiáticos - entre, universitários, intercambistas, estagiários, aspirantes a uma vaga em universidades alemãs, empregados de companhias, moradores, etc -, que é até estranho não topar com algum olhinho puxado, em cada lugar que se vá para estudar, passear ou fazer compras.) 

Mas voltando ao primeiro dia de aula. Assim que cheguei na porta da sala, dei de cara com uma turma de predominância asiática. Nenhuma surpresa, 4 chineses e 3 coreanas, mais uma húngara, uma mexicana, um líbio, um guineense e eu, brasileira. 
Nenhum notebook ou calculadora (imagem internet)
No entanto, dali a uns minutos, depois de sentada, algo chamaria a minha atenção. Não foi exatamente as mesas cobertas de pequenos aparelhos eletrônicos, mas um, apenas um aparelhinho me interessou. Seu formato se assemelha a um notebook em miniatura, mas não era computador. Também cheguei a pensar em calculadora, mas não era. Então, o que seria?

Eu achava curioso, eles teclando desesperademente em cima daquele “mini notebook”, na maior concentração da face da Terra, durante a aula. Parecia aquela galera do videogame, que joga tão concentradamente, como se o próprio destino da pessoa estivesse ali naqueles botoes entre os dedeos.

  ... o uso das maquininhas é intenso
 Tomada de curiosidade, perguntei durante a pausa o que era aquilo, para que servia. Um colega “china” me explicou que, aquilo nada mais era do um dicionário. Hein? Isso mesmo. Dicionário e, alguns modelos, são multilinlingüe (até 65 idiomas), guardam arquivos multimídia, 

possuem gravador de voz,
                      concentração total
       (Fotos: Januária Oliveira)

 jogador MP3, visor para foto, função USB, calculadora, além de outras funcionalidades.

Embora esse  dicionário digital não seja mais nenhuma novidade, pois foi lançado há poucos anos, para mim ele era inédito. Eu nunca tinha visto esse tipo de tradutor. Em Sao Luís não tem. No Rio, o pessoal antenado que conheci também não tinha, rsrsr. 

O garoto da Líbia e o da Guiné também usam esse gadget para auxílio durante as aulas. Ah, além dos tradutores eletrônicos, uma das corenas usa um Ipad na sala e a amiga dela faz consultas no seu MacBook (laptop bem fininho da Apple).

Enquanto a galera hight-tech segue teclando, eu fico com meu dicionário de papel, com capa amarelo-gema, da Langenscheidt. Tá surradinho, mas adoro folheá-lo.

Nota sobre os asiáticos que conheci na Alemanha: são educados, discretos, gentilíssimos e prestativos. Quando querem aprender uma coisa se dedicam ao extremo, são super disciplinados. Um pouco desconfiados, mas sempre oferecem um sorriso, ainda que seja para dizer um “não”.  Em geral, têm curiosidade sobre o Brasil e se enturmam fácil com os brasileiros. Eles são bacanas.

Um comentário:

  1. é janu, há alguns anos, especialmente na biblioteca da ufma, isso chegaria a ser sobrenatural.

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